Estava frio abri a porta lentamente me sentei e me incomodei
com o sofá decidi levantar, fui a cozinha preparei algo para comer estava com
os braços trêmulos e a cabeça nas nuvens. Sentei-me a mesa e após lanchar
decidi que era hora de assistir um pouco de TV, quando liguei estava passando
um daqueles enfadonhos programas de auditório, quando pensei em desligar o apresentador perguntou ao
publico - “Quem de vocês aqui já quis matar alguém?” naquele momento imaginei o
quão estranho me soava aquela pergunta em um programa de TV. Pois bem um homem
levantou e disse – “Comumente sou levado a ter certos acessos de raiva e as
vezes penso em partir para agressão... ” .
Bem agora estava compenetrado na TV e passei a
prestar atenção de repente meu celular tocou olhei o visor e o numero estava
privado, atendi porem ninguém respondeu. Voltei o olhar para a TV novamente,
mas foi só eu me distrair e algo caiu na cozinha, fui ver o que era mas nada
nem uma menor partícula de poeira estava fora do lugar, ao me virar para o
corredor escuro tive a impresso de que alguém me vigiava. Só podia estar tendo alucinações
algo me fez ir ate o quintal já era noite e estava muito frio e escuro, naquela
penumbra vi alguém a correr para minha sala de ferramentas, no começo me
amedrontei, mas depois fui ao encalço do ladrão, abri a porta devagar e
espreitei e qual não foi minha surpresa... Nada estava lá! Então fechei porta
vagarosamente e um pequeno ruído atrás de mim fez com que eu me virasse
rapidamente e. BLAMMMMM! Um maldito gato pulou em meus braços me fazendo cair
desconcertado. Possesso pela raiva entrei em casa novamente praguejando o
felino decidi ir tomar um banho para esfriar a cabeça liguei o chuveiro
normalmente e estava me acalmado do susto então a luz começou a piscar freneticamente
achei que a força iria acabar e exclamei – Droga de noite nem um banho consigo
tomar sossegado neste momento algo bateu contra a porta como se a quisesse
derrubar fazendo grande estrondo, juro que pulei de costas na parede meu
coração disparou e fiquei em choque, paralisado minhas pernas tremiam. Após alguns
minutos tomei coragem e abri a porta vagarosamente ollhei o corredor escuro e só havia a luz da TV
ligada. Eu não tinha mais espírito para programas noturnos, fui ate a sala para
desligá-la e me deparei com aquela pessoa de pé na minha frente me encarando
com seu rosto pálido e moribundo a porta estava trancada, como poderia ter
entrado não pronunciamos nenhuma palavra apenas nos encaramos e a criatura se
deslocou em minha direção, ao passar por mim ela sussurrou – “Eu te observo ”
então apaguei. Levantei pouco depois com um gosto de ferrugem na boca estava
muito tonto e sem chão minha casa estava completamente vazia e com um aroma de
cravo, aquela lembrança me corroia e na minha janela havia um rosto o rosto da
minha ex mulher, a mulher que eu havia matado.