quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A noite


Estava frio abri a porta lentamente me sentei e me incomodei com o sofá decidi levantar, fui a cozinha preparei algo para comer estava com os braços trêmulos e a cabeça nas nuvens. Sentei-me a mesa e após lanchar decidi que era hora de assistir um pouco de TV, quando liguei estava passando um daqueles enfadonhos programas de auditório, quando pensei  em desligar o apresentador perguntou ao publico - “Quem de vocês aqui já quis matar alguém?” naquele momento imaginei o quão estranho me soava aquela pergunta em um programa de TV. Pois bem um homem levantou e disse – “Comumente sou levado a ter certos acessos de raiva e as vezes penso em partir para agressão... ” .
Bem agora estava compenetrado na TV e passei a prestar atenção de repente meu celular tocou olhei o visor e o numero estava privado, atendi porem ninguém respondeu. Voltei o olhar para a TV novamente, mas foi só eu me distrair e algo caiu na cozinha, fui ver o que era mas nada nem uma menor partícula de poeira estava fora do lugar, ao me virar para o corredor escuro tive a impresso de que alguém me vigiava. Só podia estar tendo alucinações algo me fez ir ate o quintal já era noite e estava muito frio e escuro, naquela penumbra vi alguém a correr para minha sala de ferramentas, no começo me amedrontei, mas depois fui ao encalço do ladrão, abri a porta devagar e espreitei e qual não foi minha surpresa... Nada estava lá! Então fechei porta vagarosamente e um pequeno ruído atrás de mim fez com que eu me virasse rapidamente e. BLAMMMMM! Um maldito gato pulou em meus braços me fazendo cair desconcertado. Possesso pela raiva entrei em casa novamente praguejando o felino decidi ir tomar um banho para esfriar a cabeça liguei o chuveiro normalmente e estava me acalmado do susto então a luz começou a piscar freneticamente achei que a força iria acabar e exclamei – Droga de noite nem um banho consigo tomar sossegado neste momento algo bateu contra a porta como se a quisesse derrubar fazendo grande estrondo, juro que pulei de costas na parede meu coração disparou e fiquei em choque, paralisado minhas pernas tremiam. Após alguns minutos tomei coragem e abri a porta vagarosamente ollhei  o corredor escuro e só havia a luz da TV ligada. Eu não tinha mais espírito para programas noturnos, fui ate a sala para desligá-la e me deparei com aquela pessoa de pé na minha frente me encarando com seu rosto pálido e moribundo a porta estava trancada, como poderia ter entrado não pronunciamos nenhuma palavra apenas nos encaramos e a criatura se deslocou em minha direção, ao passar por mim ela sussurrou – “Eu te observo ” então apaguei. Levantei pouco depois com um gosto de ferrugem na boca estava muito tonto e sem chão minha casa estava completamente vazia e com um aroma de cravo, aquela lembrança me corroia e na minha janela havia um rosto o rosto da minha ex mulher, a mulher que eu havia matado. 

domingo, 4 de setembro de 2011

O Passeio


Era de madrugada quando sai para passear por inúmeras ruas eu andei urinei em alguns postes busquei bebidas pelos bares abertos naquele horário ate que se fez manha e mais uma vez eu estava com o animo destruído. Mas naquela manha seria diferente. Sentei-me no banco da Praça de Nashville como sempre fazia para me reanimar e olhar a paisagem ouvir os pássaros e alimentos vez ou outra, so que desta vez as pessoas me encaravam com o olhar de fobia eles se afastavam e alguns corriam a minha manha estava começando a ficar perfeita eu nem ligava mais para que me olhava . Alguns me se perguntavam se era um filme outros afastavam as crianças, eu tinha sede e fui ate um barzinho matutino ao qual me recolhia quando estava a comemorar algo, pedi logo a bebida que mais me abatia e tratei de beber bem devagar mas o dono do barzinho tremendo veio ate min e disse...
- Ei Sr, por favor, o sr não pode permanecer aqui com isto.
Pobre homem eu compreendi paguei a conta bebi num gole só e fui para rua de novo logo muitas pessoas passaram a me observar e comentar. O dia feliz que nunca irei esquecer deixou de lado meus medos agora sou invencível! Fui ate a biblioteca central pegar alguns livros de Edgar Allan Poe para ler eu tinha por ele um empatia doentia, mas também como antes fui expulso e desta vez nem os livros pude levar, minha tarde começava a ficar mais sombria o ceu estava tomado de meu sangue frio e sem vida. Todos os lugares aonde eu ia a cena se repetia e minha mente começou a se encher de ódio puro. Encontrei pelo caminho velhos amigos que me olhavam com medo e nem sequer quiseram falar comigo, acabei chegando a conclusão de que estava sozinho na minha caminhada rumo ao nada dobrei uma velha esquina perto do deposito de peixes da capital e comecei a debulhar um velho caderno de minha amada tentando achar o caminho do perdão ou da certeza mas só encontrava o nome maldito. Decidi então que era hora de resolver meus problemas de uma vez por todas da maneira como você deve estar imaginando, peguei minha velha arma engatilhei e a coloquei em minha cabeça minha fronte estava molhada com o suor da covardia me mantive firme e tremulo disparei, mas nada consegui a arma com seu coice me pôs para trás. Cai sobre minha bolsa e fiquei por lá deitado pensando na minha inútil vida da qual não conseguia dar conta, levantei-me andei até a ponte do cais onde vários já haviam se suicidado nisto eis que os homens da lei surgem com suas feições raivosas e armas apontando para min. Vagarosamente fui em direção a borda da ponte e eles gritaram para que eu parasse não dei ouvidos e continuei , logo fui alvejado varias vezes. O povo em volta, incrédula multidão assistiu minha execução com olhares marotos de vitória sobre o monstro, assim termina minha historia amigo e cada um terá sua verdade no final e meu julgamento foi a morte, mas não morri por algo inexplicado meu fim se deu pelo fato de que mesmo a matando eu queria leva-la comigo e então por toda cidade por cada canto e rua por onde passei durante aquele dia com orgulho ostentei e comigo a levei arrastando seu cadáver.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Quarto

Ola
Ola???
(choro)
Oh meu deus onde estou, que dia e hoje?
Eu não sei onde ou a quanto tempo estou aqui. Estou trancado em um quarto sem portas, eu estava sentado som a cabeça sobre os joelhos tentando me situar mas não me lembrei de nada.
E analisando bem este lugar eu não sei se gostaria de morar aqui, tem uma cama com um colchão que cheira a mofo há também um limbo no canto perto dos papeis que provavelmente são jornais.
As vezes eu ouço animais como ratos passeando por aqui sinto as baratas fuçando em minhas vestes já que não posso tomar banho trancafiado neste lugar. E nos últimos dias passei a ter alguns problemas com alucinações, eu ouvi gritos e jurei a min mesmo ter visto algo passar no corredor lá fora, mas acho que era só a fome confundindo minha mente e dai passei a comer qualquer coisa que se mova ou não.
Será que fui sequestrado? E porque esta maldita cela não tem luz? E verdade! Aqui não tem luz!!! Tem apenas um buraco na parede, um buraco do tamanho da minha mão. A primeira vez que eu vi algo foi a um tempo atrás eu estava defecando o meu “almoço” quando olhei para o buraco e tinha um rosto lá parado observando quieto, eu simplesmente paralisei de medo e pensei que se me mantivesse quieto aquilo não me veria nas sombras e de repente ele saiu mas não tinha ido e começou a bater freneticamente na parede tentando chegar ate a min.
Depois disso nunca mais eu dormi tranquilo nem sequer fico muito tempo parado de frente para aquele buraco maldito, de vez em quando eu indago quem sou? E onde estou? Mas estranhamente sempre que penso nisso algo acontece lá fora e eu me esqueço do que eu pensava.
Já tive surtos quando pensei estar sonhando e me belisquei tão forte que arranquei um pedaço do meu braço, a minha sorte e que no dia eu não havia pego nenhum rato e nem uma misera barata e por fim acabei comendo aquele naco de carne mesmo.
Mas isso não e nem a metade do que eu já vi lá fora, uma vez as luzes lá se extinguiram e eu ouvi passos, lentos passos que ofegavam e paravam de repente aquilo moveu-se para perto do buraco onde eu estava espiando e farejou. Depois foi ao fim do corredor e voltou arrastando algo e colocou no buraco. Eu combati meu medo e puxei para dentro e a coisa foi –se embora. Na época eu não raciocinei e comi tudo de uma vez grande besteira se eu soubesse o que ia comer hoje teria economizado. E foi a primeira e ultima vez que eu recebi alimento. E posso jurar que o gosto era parecido com o da minha carne...
Quando anoitece e ainda pior. Tudo de ruim se amplia eu ouço os gritos, os urros, grunhidos e passos dos mais variados apesar de não ver o que se passa lá fora.
Sera que estou sendo castigado ou punido por algum motivo que desconheço? Mas não me lembro de ter feito nada de errado?
(CRÁÁÁÁÁS)
O que foi isso?
Vai começar de novo...de novo não...
Eu estou enlouquecendo aqui...
“AAAAAAAA.....AAAAAA”
(PASSOS DESCOMPASSADOS, ELE CORRE PARA BAIXO DO BURACO FORA DO CAMPO DE VISAO E SE SENTA)
(OUVE UMA RESPIRACAO FORTE E INTIMIDADORA, TEM ALGUEM O VIGIANDO)
...ZZZ...ZZZ
“AAAAA..GAGGG.....”
Há malditos querem me matar de susto eu estava enfim dormindo um sono que á anos não tinha. Mas que cheiro e esse?
(OLHA CUIDADOSAMENTE PELA FRESTA)
E impressão minha ou aquilo e um buraco na outra parede? Não, não e impressão e realmente um buraco sera que tem alguém lá? Terei eu uma companhia enfim?
Vou esperar ate que ponha o rosto a vista.
Finalmente!!!
Ei amigo tudo bem?
- “não muito onde estou?”
Não sei.
-“há quanto tempo estamos aqui?”
Isto e relativo não vi você chegar mas sei que este buraco por onde vos vejo não estava ai ate hoje!
-“e porque esta falando tao baixo?”
E porque tenho medo do que há no corredor...
-“bobagem!!!!! Vou procurar algo aqui dentro para cavar minha saída por esta fenda.”
Uh... legal se você achar me ajuda a sair também?
-“tudo bem só não me atrapalhe a fugir, eu não vou ficar e esperar ninguém. Espere um pouco vou ver se acho algo.”
Ei espera ai mas e se u encontrar com aquilo no corredor? Sera mesmo uma boa ideia fugir?...
-“HaHa!!!!! Encontrei uma barra de ferro, deve servir para escavar a saída.”
(O HOMEN BATEU COM O FERRO EM TORNO DA FALHA ATE QUE ESTA CEDESSE E ABRISSE CAMINHO PARA SUA FUGA)
Boa agora me passe a barra de fero para que eu possa te repetir.
-“ok...eu vou te dar, pegue ai.”
Obrigado!!!
-“então anda logo... Oh meu deus o que e isso???... NÃÃÃÃÃO...NÃÃÃÃÃÃÃÃO SOCOOOORRO...SOCO...AAAaaa...”
(PASSOS APRESSADOS E MAIS GRITOS O SUCEDERAM ENTÃO A LUZ SE APAGOU E QUANDO VOLTOU A PAREDE DO LADO DE FORA ESTAVA LAVADA DE SANGUE, MAS LÁ JÁ NÃO HAVIA NENHUM BURACO.)
(ENTAO ELE DECIDIU APENAS SENTAR-SE E ABAIXO DO BURACO E AGUARDAR O DIA EM QUE ENTAO SUA CORAGEM O FARIA TENTAR FUGIR DALI OU MORRER TENTANDO)





COMO PODE QUERER ENFRENTAR OS LEÕES SE VOCÊ TEME OS LOBOS.

domingo, 3 de julho de 2011

Oco

No começo do século 12 nas florestas escocesas havia uma lenda sobre pessoas que desapareciam ao entrarem na floresta, logo a igreja pôs – se a caçar e matar qualquer um que emitisse tal historia, sendo tido como bruxo ou herege.
Em uma vila próxima ao condado de green vile Mary Ane passeava com seu irmão mais novo Tadeus pelo bosque que conheciam desde que seus pais se mudaram para lá fugindo dos abusos do rei no campanado aonde viviam anteriormente . o dia estava cheio de mariposas e insetos a grama era verde e viva mexendo como se houvessem ratos por lá andando, Tadeus era esperto e ágil corria como o vento deixando varias vezes sua irmã irritada quando aprontava das suas e a deixava limpar a sujeira. Ele correu para longe para pegar um coelho que viu no campo de papoulas e de repente sumiu. Mary Ane teve de reconforta-lo pois caiu em lagrimas por perder sua presa e dizia : coisa de criança, coisa de criança Tadeus!.
Uma tarde a mae de Mary Ane pediu – lhe que fosse ate a beira do condado buscar agua e colher castanhas para uma torta, ela e Tadeus obedeceram a sua mae e foram ate os limites do condado na área segura onde os guardas do principado ficavam vagando em rotina quase infinita. Os jovens puseram – se a retirar agua e depois começaram a colher castanhas, de repente Tadeus viu um esquilo esguio e rápido como ele, o garoto ficou encantado e fissurado com aquele esperto animal que o lembrava de muito por sua agilidade. Mary Ane estava tao concentrada o que fazia que esqueceu totalmente do irmão e ao olhar ao redor percebeu que o tinha perdido, ficou tao desesperada que largou tudo e saiu atrás do seu irmão gritando seu nome, logo todos do condado ouviram os gritos e correram em busca do garoto a busca durou a noite toda e a única coisa que encontraram dele foi o pedaço de sua camisa rasgada.
Logo todos se reuniram na casa do ancião líder para decidir o que fariam com o animal que havia pego o garoto toda desconfiança recaia sobre os animais da floresta lobos, cães do matos e ursos. Tudo que podia ter tido algo a ver com o desaparecimento do garoto, Mary Ane so conseguia chorar desconsolada sua mae também mas se mantinha firme e apoiava seu marido que estava decidido a caçar o terrível animal selvagem, no dia seguinte ao amanhecer todos os homens da vila saíram munidos de foices e facões e adentraram a floresta novamente durante a tarde apenas cães do mato foram abatidos mas aquilo não aplacara a ira dos camponês que queriam algo maior que lhes desse a certeza de que a justiça havia sido feita, ao anoitecer eles se viram no meio da floresta densa e úmida com seus ruídos e gemidos de morte a única certeza e de que eles seriam os alvos de caça da criatura noturna. E armaram acampamento todos estavam muito tensos e nervosos o som da morte era horrível, podia ouvir- se ao longe animais sendo devorados ossos sendo quebrados o som que a natureza chama de extinto e sobrevivência e eles enlouqueciam aos poucos suavam frio e tinham arrepios na espinha logo se puseram em armas para defender-se de possíveis ataques . então Jonas pai de Mary Ane começou com seu turno na ronda noturna e andava cauteloso por em volta das barracas então viu seu amigo Sr Gord acender um cachimbo e não resistiu pôs-se a fumar junto do amigo quando, bang!!! Algo os acertou em cheio jogando cada um para um lado, a criatura em seguia começou uma orgia de sangue e tripas dilacerando os bravos homens que não tinham a menor chance, Jonas abriu os olhos e percebeu que estavam sendo atacados por ursos pardos. Jonas atirou mas eram muitos ele não conseguia endireitar a mira em apenas um deles, aquela noite trouxe mais morte do que glorias não havia semblante de contentamento no rosto dos que sobraram havia apenas mais pesar, mas o troféu estava nas mãos de Jonas a cabeça de um dos ursos uma cabeça muito incomum, ela era muito maior do que a de um urso pardo comum explicando o porque da violência no ataque. Após isso todos viveram em paz no condado e puderam fazer suas idas e vindas por dentre da floresta em paz.
E Mary Ane que havia feito um tumulo para seu irmão naquela floresta e voltava lá todos os anos, em uma manha de outono foi levar flores para seu irmão quando ouviu sua voz a chamar: Mary Ane... Mary Ane...
Ela derramando lagrimas de felicidade correu em busca da voz chegando ate uma antiga arvore velha cheia de raízes que a recobriam mais no pe da mesma havia um buraco escuro de onde a voz vinha, não seria possível seria ele preso lá durante tanto tempo esperando alguem para ajudá-lo a sair. Mary Ane gritou para o irmão: espere que eu chamarei ajuda. E a voz dizia: apenas me puxe, por favor... Puxe-me...
Mary Ane no calor do momento esticou seu braço na esperança de alcançar seu irmão no fundo do buraco da arvore, e seu destino selou sendo agarrada por alo que ali vivia e devorava seu braço enquanto a puxava mais para o fundo e quanto mais gritava mais era devorada viva, logo nem sua cabeça podia ser vista e so podia se ouvir alguns gemidos de agonia e logo nem isso mais.
Novamente a vila estava em busca de alguém que havia sumido e, todavia eles teriam outra noite de sangue mas o que nao sabiam e que o que eles caçavam não era nem de perto a criatura maligna que vivia sob as sombras daquele horrível sepulcro humano.

A viagem

Noite era aquela em que o frio cortava a carne como navalhas afiadas. Eram duas da manha não se via nada a um palmo de distancia eu andava pela rua, a neblina estava rasteira e densa. Eu caminhava sem rumo prumado em lembranças do passado sombrio que me assombrava durante aquela noite.
Em minha caminhada procurei por companhia, mas quem andaria pela noite da madrugada além de min? Mas ao longe vi um vulto, uma miragem nas sombras, achei estar em devaneio daqueles em que o desespero da solidão nos faz delirar conscientes. Tropecei em algo viscoso e solido olhei para o chão era uma boneca suja de sangue e borrão, daquelas sem olho com ar de levemente surrada e de um odor que nauseia aos desavisados. Mas de quem seria? Sendo que só eu e aquela estranha sombra estávamos a passear pela noite, e algo me preocupava a criança dona daquela boneca podia estar em perigo, nas mãos de um bandido, ou machucada em algum lugar desta sombria noite. Então me postei a procura-la pela noite gritava a esmo sem saber o que procurava e assim foi durante horas e horas perdido nas ruas frias de prédios velhos que não eram altos e sim simples prédios de três e quatros andares muito envelhecidos pelo tempo dando a eles um ar nostálgico e agradável. A noite passava e senti fome meu estomago clamava por alimento, minhas pernas estavam fracas e estranhamente adormecidas pelo frio, minhas mãos pareciam cubos de gelo com as unhas roxas e congelando. Decidi que era hora de buscar ajuda, mas quem? Ninguém estava na rua para me acudir naquela hora, não havia policia ou vigias noturnos apenas a nevoa que cismava em não passar e me deixava cada vez mais preso nas intrincadas ruas e becos de paris. Decidi ir para frente do meu pub favorito logico que isto se eu conseguisse encontra-lo, eis que encontrei uma antiga cafeteria em que passara meus melhores momentos de vida costumava ir ate lá durante as manhas tomar meu café e comer alguns biscoitos amendoados, lembro-me de que lá haviam belas flores com aroma de cravo e almíscar tudo muito sutil e delicado e lembro-me também que lá era onde eu costumava cantarolar e cortejar lindas moças que também lá paravam para tomar seu café matinal.
A loja estava escura e fechada claramente por causa do horário inapropriado em que eu estava a bater.
Quando já estava a desistir eis que ouço uma voz a chamar-me, uma voz calma, suave e doce. Logo me virei para atender aquele chamado e me deparei com uma bela mulher de vermelho que me disse:
"Meu senhor, posso ajuda-lo?"
Logo pensei tratar-se de uma meretriz, uma bela meretriz a proposito devo dizer que pagaria a ela para passar a noite comigo, então decidi seguir aquela encantadora provável leviana estava especialmente levado a descobrir onde ela me levaria. Chegamos a um pequenino hotel caindo aos pedaços logo entendi aonde ela queria chegar subimos as escadarias que pareciam estar a ponto de se romper a qualquer momento, fomos a um quarto todo arrumado em detalhes vermelhos e aconchegante. Quando percebi meu frio se foi no primeiro copo de vinho e as frutas caramelizadas ajudaram a acabar com minha fome, logo estávamos os dois entrelaçados em beijos e caricias. Ela me arranhava como uma gata no cio e me machucava, mas para quem estava no frio e com fome a algumas horas aquilo era realmente o paraíso não reclamaria nunca. Passamos varias horas e dormimos juntos acendi o ultimo cigarro que me restava, dividi com ela olhei pela janela devia estar amanhecendo... Mas não estava ainda estava escuro, pulei da cama e corri para abrir o vitro e ele simplesmente estava emperrado virei me para a cama e estava toda suja e desarrumada cheia de teias de aranha, desci as escadas correndo não encontrei ninguém ela havia sumido cheguei ao primeiro andar uma marca de sangue se estendia pelo corredor o único corredor ate a saída, andei ofegante e vagaroso ao longe avistei vulto gritei para que ela me ouvisse ela se virou, naquele momento toda minha espinha congelou ela vinha em minha direção e eu não podia correr as pernas travaram o rosto era horrível como uma pessoa que havia morrido por tortura ou algo do tipo, logo meu corpo todo adormeceu e quando percebi estava acordando novamente na rua sob a neblina e o calar da noite e ela estava parada ao meu lado e me disse sussurrando ao ouvido.
-"Espero que tenha gostado desta noite, pois vais passar a todas as noites assim para pior sua vida se foi no dia em que pisaste naquela taberna e bebeste de um vinho com cicuta daquela meretriz, o teu purgatório eterno apenas começou. "